O Movimento Abolicionista – Brasil Império
O movimento abolicionista cresceu muito e a luta pelo trabalho livre no Brasil tornou-se importante. Pressionado, o governo elaborou as seguintes leis:
Lei do Ventre Livre (1871) – Essa lei, libertava todos os negros nascidos a partir daquela data. No fundo, essa lei não mudava quase nada, já que as crianças permaneciam na condição de escravos até os 2 anos de idade.
Lei dos Sexagenários (1885) – Essa lei, dava liberdade a todos os escravos com mais de 65 anos de idade. Essa lei revoltou ainda mais os abolicionistas e escravos, pois o trabalho escravo era tão cruel que dificilmente um escravo chagava aos 40 anos de idade.
Lei Áurea (13/05/1889) – Sem opção, o governo cedeu às pressões que vinham de todos os lados, e finalmente assinou a lei que concedia liberdade a todos os escravos.
Com a abolição da escravidão, a situação de D. Pedro II tornou-se insustentável. A população aderiu em massa à ideia da república. Os latifundiários nordestinos já não tinham mais como se manter e em 15/11/1889 foi proclamada a República.
No Brasil, o trabalho escravo estendeu-se durante vários anos. Os latifundiários, principalmente nordestinos, defendiam a continuidade do modelo escravocrata. Já os cafeicultores, industriais e boa parte dos comerciantes defendiam a mão-de-obra assalariada, pois consideravam mais um trabalhador escravo que um trabalhador livre. Esse período foi marcado pela abertura das fronteiras para a entrada de imigrantes, que vieram em grande número de diversas partes do mundo (Alemanha, Espanha, Japão e Itália).
Aqueles que contratavam os imigrantes pagavam baixos salários a essa mão-de-obra, mais especializada do que a escrava.
Portanto o trabalho escravo só foi abolido no Brasil porque os interesses econômicos eram outros: necessitava-se de novos mercados consumidores e com a proibição do tráfico negreiro pelos mares também contribuiu para a escassez e o encarecimento da mão-de-obra escrava, o que tornava inviável sua utilização.