História do Brasil

A Revolução de 1930 – Era Vargas

A Revolução de 1930 – Era Vargas (Brasil Contemporâneo)

A Revolução de 1930:

A Revolução de 1930, foi um movimento político militar que pôs fim a Primeira República no Brasil, dando início a Segunda República.

E continuou com a derrota da Aliança Liberal e encontrou sua motivação emocional no assassinato de João Pessoa, que representou o coroamento dos levantes da década de 20 fundindo o Tenentismo com a luta política dos setores agrícolas não-cafeeiros e as reivindicações das camadas médias urbanas.

Com a liderança do civil Getúlio Vargas e Góis Monteiro no comando militar, o movimento teve início no dia 03 de outubro de 1930 em Porto Alegre, com um assalto, chefiado por Osvaldo Aranha, ao QG do Exército.

Quase simultaneamente, o levante militar eclodia em Belo Horizonte, Paraíba e Recife, difundindo-se por vários Estados e promovendo a derrubada dos governadores e como as forças legais fossem impotentes para deter a coluna rebelde que se deslocou do Rio Grande do Sul em marcha para o Rio de Janeiro, o presidente Washington Luís foi deposto no dia 24 de outubro de 1930, por uma junta militar que transmitiu o poder para Getúlio Vargas.

O Significado da Revolução de 1930:

Na realidade, a chamada Revolução de 1930 nada mais teria sido senão um golpe que deslocou do poder de Estado um setor da oligarquia brasileira, para dar lugar a um outro setor dessa mesma oligarquia.

Ela não foi programada para produzir imediatas e radicais mudanças na estrutura sócio produtiva do país. Decorreu, sobretudo, do efeito dos limites a que chegou a política econômica de proteção do café ante à violenta crise do capitalismo mundial. Assim vista, a Revolução de 1930 se inscreve na vaga de instabilidade política que tomou conta da América Latina na década de 30, a qual produziu grandes agitações e golpes militares no Peru (1930), na Argentina (1930), no Chile (1931), no Uruguai (1933), em Cuba (1933) e nas repúblicas centro-americanas, no mesmo período.

A Revolução de 1930 foi decisiva para a mudança de rumos da história brasileira. Ao afastar do poder os fazendeiros do café, que o vinham controlando desde o governo de Prudente de Morais, em 1894, pavimentou o caminho para uma significativa reorientação da política econômica do país.

Tendo cortado o cordão umbilical que unia o café às decisões governamentais atinentes ao conjunto da economia e da sociedade brasileiras, a Revolução ensejou uma dinamização das atividades industriais. Até 1930, os impulsos industrialistas derivavam do desempenho das exportações agrícolas. A partir de 1930, a indústria passa a ser o setor mais prestigiado da economia, concorrendo para importantes mudanças na estrutura da sociedade. Intensifica-se o fluxo migratório do campo para os centros urbanos mais industrializados, notadamente São Paulo e Rio de Janeiro, que, adicionado ao crescimento vegetativo da população, proporciona uma maior oferta de mão-de-obra e o aumento do consumo. Entre 1929 e 1937 a taxa de crescimento industrial foi da ordem de 50%, tendo-se verificado, no mesmo período, a criação de 12.232 novos estabelecimentos industriais no país.

Desse modo, independentemente das origens sociais e das motivações mais imediatas dos revolucionários, não há dúvida de que a Revolução de 1930 constituiu uma ruptura no processo histórico brasileiro.

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