História do Brasil

As Revoltas do Período Regencial (1835-1845)

As Revoltas do Período Regencial – Brasil Império

Por causa das péssimas condições de vida no Brasil fizeram explodir várias revoltas neste período.

Cabanagem (1835/1840):

Essa revolta ocorreu no Pará e recebeu esse nome por causa da vida miserável dos paraenses, que moravam em cabanas. Eles juntamente aos fazendeiros se uniram e fizeram uma das mais sangrentas revoltas do Brasil.

Os revoltosos tomaram Belém e instalaram um novo governo, sob o comando de Félix Malcher, que traiu o movimento fazendo acordos com o governo central e por isso ele foi assassinado pelos revoltosos e substituído por Francisco Pedro Vinagre, que também os traiu. O último líder da revolta foi Eduardo Angelim, mas já era tarde, pois as tropas imperiais receberam o apoio de tropas mercenárias estrangeiras.

E a partir de então, os revoltosos sofreram várias fatalidades e os cabanos foram forçados a abandonar Belém e a se refugiar no interior.

A guerra continuou, mas os cabanos não conseguiram resistir às perseguições e às crueldades dos mercenários e cerca de 40.000 pessoas foram mortas e apesar de conseguirem resistir durante um período, os revoltosos foram obrigados a se render em 1846, sem conseguir nada do que queriam.

Sabinada (1837/1838):

A Sabinada, foi uma das várias revoltas que aconteceram na Bahia durante o período regencial e foi uma revolta de caráter federalista, ocorrida em Salvador, foi liderada pelo médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, um liberal exaltado que se opunha ao centralismo da Regência. Sabino, que deu nome ao movimento, ganhou o apoio de representantes das camadas médias urbanas.

A Sabinada não foi um movimento popular como a Cabanagem ela foi uma revolta militares que lutavam por salários melhores juntamente com o apoio da classe média.

Os revoltosos tomaram o governo e proclamaram uma república provisória. A “República Baiense” que, segundo os seus líderes, deveria durar até D.Pedro II assumir o trono.

O movimento, no entanto, ficou restrito a Salvador e foi desbaratado pelas tropas governamentais, apoiadas pelos proprietários de terras, em 1838. Houve uma devastadora repressão, com massacres e assassinatos nas ruas da cidade. Aproximadamente 2.000 pessoas foram mortas.

Sabino escapou e foi exilado em Goiás e depois em Mato Grosso.

Balaiada (1838/1841):

A Balaiada, uma revolta ocorrida no Sul do Maranhão e Piauí, surgiu, inicialmente, pelas divergências das elites locais: os bem-te-vis (liberais) e cabanos (conservadores). As condições econômicas do Maranhão também eram as piores possíveis tanto para os escravos como para os fazendeiros, vaqueiros e fazedores de balaio (Balaio são cestos de cipó, palha ou taquara).

A composição desse movimento, não tinha um programa político definido, era de segmentos humildes, como escravos fugidos e sertanejos, que lutavam contra as arbitrariedades da elite. A ampliação da revolta se estendeu por diversos pontos da província do Maranhão com aproximadamente 200 mil habitantes, chegando a ocupar Caxias, segunda maior cidade da região, em 1839 e lá os balaios organizaram um governo, incorporando os bem-te-vis locais.

O governo central percebendo a gravidade da situação, resolveu substituir o presidente da Província e nomeou o Coronel Luís Alves de Lima e Silva, conhecido como Duque de Caxias. Em 1840 prometeu-se a anistia a todos os revoltosos que se entregassem e 2.500 balaios se renderam. Mas nem todos se entregaram e resistiram até 1841 quando sem condições de continuar lutando se renderam encerrando então a revolta.

Guerra dos Farrapos (1835/1845):

A “Guerra dos Farrapos” ou “Revolução Farroupilha” ocorreu no Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845, e se estendeu para Santa Catarina.

O movimento foi causado pelo conflito de interesses entre os poderosos locais e o governo central, que desfavorecia economicamente os pecuaristas gaúchos.

A insatisfação começou devido aos baixos impostos alfandegários cobrados para a entrada de charque, couro e outros produtos derivados do gado bovino, importados da Argentina e Uruguai e isso desagradavam aos pecuaristas do Rio Grande do Sul pois os produtos gaúchos sofriam a concorrência direta dos produtos platinos no mercado brasileiro. Além disso, eles também desejavam uma maior liberdade provincial.

A “Revolução Farroupilha” começou em setembro de 1835, exigindo a renúncia do Presidente da Província. E foi em 1836 liderados por Bento Gonçalves, rico estancieiro e com larga experiência nos conflitos fronteiriços, liderou as tropas para a deposição do governador Antônio Rodrigues Fernandes Braga, indicado pelo poder central. Os revoltosos ocuparam Porto Alegre e fundaram a República Rio-Grandense, declarando o Rio Grande do Sul independente do Brasil.

Os farroupilhas, em 1839, liderados por Davi Canabarro, conquistaram Laguna, no sul catarinense, fundando a República Juliana.

O governo imperial agiu de forma cautelosa com os revoltosos gaúchos e só conseguiu controlar a situação em 1845, novamente através de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias e após várias vitórias, o Duque de Caxias ofereceu concessões aos farrapos caso eles cessassem fogo. Os farrapos aceitaram as condições e acabaram com a revolta.

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